sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Silêncio II

Consigo respirar pausadamente, estou ouvindo o nada.
Sinto a calma invadindo o coração.
O som do nada muitas vezes é a música mais esperada.
Há um soprar lento do vento, na percepção do momento, feito oração. 
Seja bem vindo silêncio, me permita na tua presença ser alienada.
Dramas de uma existência sufocante, vida em deterioração.
Intervalo de mundo, alma calada.
Mergulho profundo, distante inquietação.

Cleopatra Melo